Mamães consumistas amadas! Conseguimos! Tudo assinado! Hoje foi o dia que achei que não chegaria nunca mais e ele finalmente chegou!!! Inacreditável!!! Dia 17 de março de 2015, meu dia 297 Detox de gastos fui lá assinar que o apartamento é meu! Até caprichei nas unhas ontem, hahahha, elas estavam meio maltratadas já que eu andava muito estressada.
Foram onze meses, onze, vocês têm noção, esperando o documento de averbação que a construtora tinha que emitir ao proprietário para ele poder efetuar a venda e passar para nosso nome.
Fechamos e a acordamos a compra do nosso apartamento em maio do ano passado, a construtora tinha um prazo legal de 180 dias para entregar esse documento e eles levaram cada um desses dias a fio, entregaram no último dia do prazo.
Nesse meio nós até procuramos outros, pois tínhamos pressa de mudar, as crianças estão crescendo e não dá mais para viver num apartamento de 45 metros quadrados. Tipo, está impossível. Não é frescurite, não é consumismo, não é olho grande, querer mais que poder. Somente um pouco mais de conforto para uma família.
Não tinha condições de lavar roupa aqui, minha lavanderia tem 1x1, sem mentira, quando era roupa só minha e do marido já ruim, mas depois dos filhos, se tornou impossível. Fora que crianças são cheias dos inhos, brinquedinhos, carrinho, cadeirazão, bicicletinha e tipo, mesmo eu tentando educá-los para o não consumismo, são crianças, eu não exagero no que dou, mas eles ganham muita coisa de tios, avós, amigos. Todo mundo quer dar uma lembrança, temos amigos e família, então é normal.
Enfim, não sei porque eu ainda acho que eu tenho que me justificar por querer mudar. É normal, você casa, quer casa, tem filhos precisa de uma maior, isso acontece naturalmente.
Só que não somos herdeiros, não ganhamos na mega e vimos que para trocar de apartamento teríamos que apertar o cinto. Largamos mão de tudo, passeios pagos, teatros, abrimos duas exceções em aniversários das crianças. Faz dois anos que não comemoro meu aniversário, do marido e dos filhos, tipo, nada, nadinha. Minha família e a dele fica, nem um bolinho? Não, nem um bolinho, não tem como fazer bolinho, pois não existe bolinho, se chama um, outro fica com ciúme e assim vai, minha família e a do meu marido são de fora, tipo, não dá!
Mesmo presentes, esse ano me dei um saco de pancadas pois não tenho mais como caminhar, pois as crianças estão grandes e o carrinho quebrou. Elas não conseguem me acompanhar e eu não consigo carregar, treino todos os dias meia horinha no saco de pancada, meus braços estão mais fortes, estou mais magra e meu fôlego melhorou muuuuuito! Só. Me dei o direito, já tínhamos guardado o necessário para o dia de hoje.
Entrei nesse detox de gastos, para me incentivar a economizar, pois eu estava numa levada louca de comprar roupas, engravidei, tive filhos, engordei, emagreci, fiquei sem roupas e sem referências do que vestir, tive que reaprender a me vestir como esposa e depois como mãe. Foi difícil e como já nunca fui boa com finanças, virei consumista.
Fora o fato de que parei de trabalhar e meu marido achava que por eu ficar em casa eu não comia, não bebia, não vestia. Foram meses de gritos até ele entender que ele não casou com um ser invisível. Ele dizia, o apartamento, tá, vamos comprar, mas não posso ficar sem comer até lá, certo? Não posso andar pelada. De tantas brigas eu quando podia fazer alguma coisa, extrapolava como se não tivesse amanhã e realmente não vinha amanhã, pois ele me deixou um ano exato sem um real, só podia comprar mercado no mercado que ele queria e no cartão de crédito, tenho certeza que foi um puta desperdício de dinheiro, mas enfim, isso fica para outro post.
Enfim. maneirei no mercado, cortei todas as despesas extras, paramos de sair para almoçar e jantar fora, fiquei sem uma ajudante nos serviços de casa esse tempo todo. Quase enlouqueci.
Teve o lado bom, aprendi que pode-se sair sem gastar, tem lugares divertidos que não precisa desembolsar nada. Voltei a ter mais contato com a natureza indo mais a parques, que eu amava, mas estava afastada. Coloquei a cultura que é praticamente gratuita em primeiro plano de novo. Antes eu achava que chique era ir em restaurante caro e desembolsar uma fortuna. Não é bem assim.
Foram meses de brigas, tensões, stress, de a culpa é sua, não é sua, até descobrirmos que a culpa era só da construtora que não se importa de liberar documento nenhum.
Tive tanto medo, teve vários momentos que achava que não ia dar certo, cheguei a procurar outros, mas nenhum me deixou assim apaixonada como esse. Até teve, mas aí era muito caro e não podíamos pagar. Tinha que juntar a paixão com algo de acordo com nosso padrão de vida.
Sei que finalmente conseguimos! A chave é nossa! Vida nova, mais espaço, é um condomínio clube, então vai facilitar minha vida esse ano pois tem várias atividades ao ar livre para as crianças, elas vão poder pular e brincar muito e eu também. Vou precisar sair menos, tem sido bem puxado arrumar atividades quase todos os dias, já que estão numa fase que não ficam paradas nem um segundo sequer.
Ainda estou meio boba, sei lá, a ficha só vai cair amanhã ou depois, estou meio anestesiada, para outras pessoas poderia ser normal, seria fácil comprar uma nova casa, mas como eu sei como foi difícil para nós, o quanto abrimos mão das coisas para tê-lo, estou meio estranha ainda.
Cheguei a achar que não merecia, quem sabe por isso foi bom esse tempo, para eu me sentir merecedora, pois eu abri mão de tudo pelos meus filhos e pela casa nova. Faz 3 anos que não vou a um salão, corto os cabelos e faço as unhas em casa.
Foi difícil, teve dias que questionei, meu casamento balançou, teve momentos que achei que nosso casamento não ia suportar tanta pressão, mas suportou e aqui estamos e tenho certeza que mais fortes.
Esse meu bblablabla melancólico que detesto quando vejo os outros falando é só para falar que às vezes queremos coisas e podemos, mas não vai ser fácil, que é tão difícil que teve vezes de eu não pensar que era uma punição de Deus e que eu não merecia. Só que não foi isso, Ele só quer o melhor, mas tem que perseverar, em qualquer coisa. Um emprego, um casamento, uma casa nova, um filho novo, uma mudança de casa, cidade. Se é o que a gente quer e não é algo absurdo, tipo, não adianta desejar ganhar na mega sena, isso não conta, kkk. Só que se deseja algo que é viável, que é possível, mas é difícil, persevera filha, persevera, que vai acontecer.
Agora na verdade vai ser uma vida nova. Amanhã começa outra fase da minha vida, vou continuar no detox, porque agora vou precisar dele mais do que nunca. Sem roupa, almocinho e jantarzinho por um bom tempo. Demos nosso apartamento de entrada e financiamos o restante, mas nossa intenção não é pagar eternamente. Vamos pagar as prestações, mas pretendemos quitá-lo em cinco anos no máximo. Vamos sempre dar um pouco a mais, a cada seis meses, conforme guardarmos dinheiro, vai abatendo e a prestação diminui até terminarmos de pagar o financiamento.
Agora é foco no importante, mas vai ser baba com açúcar perto do que passei nesses dois anos, foram dosi anos economizando sem ter nada, morando aqui no de 45. É o típico botar o pé sem ver o chão, só esperando o chão aparecer na hora que meu pé pisar. Agora teremos o chão e acredito que será mais fácil, pois terei muito com o que me ocupar no próximo ano. Vou sempre falando. Vamos ver se continuar os mimimis ou será plena felicidade.
A minha história quem escreve sou eu...
Foram onze meses, onze, vocês têm noção, esperando o documento de averbação que a construtora tinha que emitir ao proprietário para ele poder efetuar a venda e passar para nosso nome.
Fechamos e a acordamos a compra do nosso apartamento em maio do ano passado, a construtora tinha um prazo legal de 180 dias para entregar esse documento e eles levaram cada um desses dias a fio, entregaram no último dia do prazo.
Nesse meio nós até procuramos outros, pois tínhamos pressa de mudar, as crianças estão crescendo e não dá mais para viver num apartamento de 45 metros quadrados. Tipo, está impossível. Não é frescurite, não é consumismo, não é olho grande, querer mais que poder. Somente um pouco mais de conforto para uma família.
Não tinha condições de lavar roupa aqui, minha lavanderia tem 1x1, sem mentira, quando era roupa só minha e do marido já ruim, mas depois dos filhos, se tornou impossível. Fora que crianças são cheias dos inhos, brinquedinhos, carrinho, cadeirazão, bicicletinha e tipo, mesmo eu tentando educá-los para o não consumismo, são crianças, eu não exagero no que dou, mas eles ganham muita coisa de tios, avós, amigos. Todo mundo quer dar uma lembrança, temos amigos e família, então é normal.
Enfim, não sei porque eu ainda acho que eu tenho que me justificar por querer mudar. É normal, você casa, quer casa, tem filhos precisa de uma maior, isso acontece naturalmente.
Só que não somos herdeiros, não ganhamos na mega e vimos que para trocar de apartamento teríamos que apertar o cinto. Largamos mão de tudo, passeios pagos, teatros, abrimos duas exceções em aniversários das crianças. Faz dois anos que não comemoro meu aniversário, do marido e dos filhos, tipo, nada, nadinha. Minha família e a dele fica, nem um bolinho? Não, nem um bolinho, não tem como fazer bolinho, pois não existe bolinho, se chama um, outro fica com ciúme e assim vai, minha família e a do meu marido são de fora, tipo, não dá!
Mesmo presentes, esse ano me dei um saco de pancadas pois não tenho mais como caminhar, pois as crianças estão grandes e o carrinho quebrou. Elas não conseguem me acompanhar e eu não consigo carregar, treino todos os dias meia horinha no saco de pancada, meus braços estão mais fortes, estou mais magra e meu fôlego melhorou muuuuuito! Só. Me dei o direito, já tínhamos guardado o necessário para o dia de hoje.
Entrei nesse detox de gastos, para me incentivar a economizar, pois eu estava numa levada louca de comprar roupas, engravidei, tive filhos, engordei, emagreci, fiquei sem roupas e sem referências do que vestir, tive que reaprender a me vestir como esposa e depois como mãe. Foi difícil e como já nunca fui boa com finanças, virei consumista.
Fora o fato de que parei de trabalhar e meu marido achava que por eu ficar em casa eu não comia, não bebia, não vestia. Foram meses de gritos até ele entender que ele não casou com um ser invisível. Ele dizia, o apartamento, tá, vamos comprar, mas não posso ficar sem comer até lá, certo? Não posso andar pelada. De tantas brigas eu quando podia fazer alguma coisa, extrapolava como se não tivesse amanhã e realmente não vinha amanhã, pois ele me deixou um ano exato sem um real, só podia comprar mercado no mercado que ele queria e no cartão de crédito, tenho certeza que foi um puta desperdício de dinheiro, mas enfim, isso fica para outro post.
Enfim. maneirei no mercado, cortei todas as despesas extras, paramos de sair para almoçar e jantar fora, fiquei sem uma ajudante nos serviços de casa esse tempo todo. Quase enlouqueci.
Teve o lado bom, aprendi que pode-se sair sem gastar, tem lugares divertidos que não precisa desembolsar nada. Voltei a ter mais contato com a natureza indo mais a parques, que eu amava, mas estava afastada. Coloquei a cultura que é praticamente gratuita em primeiro plano de novo. Antes eu achava que chique era ir em restaurante caro e desembolsar uma fortuna. Não é bem assim.
Foram meses de brigas, tensões, stress, de a culpa é sua, não é sua, até descobrirmos que a culpa era só da construtora que não se importa de liberar documento nenhum.
Tive tanto medo, teve vários momentos que achava que não ia dar certo, cheguei a procurar outros, mas nenhum me deixou assim apaixonada como esse. Até teve, mas aí era muito caro e não podíamos pagar. Tinha que juntar a paixão com algo de acordo com nosso padrão de vida.
Sei que finalmente conseguimos! A chave é nossa! Vida nova, mais espaço, é um condomínio clube, então vai facilitar minha vida esse ano pois tem várias atividades ao ar livre para as crianças, elas vão poder pular e brincar muito e eu também. Vou precisar sair menos, tem sido bem puxado arrumar atividades quase todos os dias, já que estão numa fase que não ficam paradas nem um segundo sequer.
Ainda estou meio boba, sei lá, a ficha só vai cair amanhã ou depois, estou meio anestesiada, para outras pessoas poderia ser normal, seria fácil comprar uma nova casa, mas como eu sei como foi difícil para nós, o quanto abrimos mão das coisas para tê-lo, estou meio estranha ainda.
Cheguei a achar que não merecia, quem sabe por isso foi bom esse tempo, para eu me sentir merecedora, pois eu abri mão de tudo pelos meus filhos e pela casa nova. Faz 3 anos que não vou a um salão, corto os cabelos e faço as unhas em casa.
Foi difícil, teve dias que questionei, meu casamento balançou, teve momentos que achei que nosso casamento não ia suportar tanta pressão, mas suportou e aqui estamos e tenho certeza que mais fortes.
Esse meu bblablabla melancólico que detesto quando vejo os outros falando é só para falar que às vezes queremos coisas e podemos, mas não vai ser fácil, que é tão difícil que teve vezes de eu não pensar que era uma punição de Deus e que eu não merecia. Só que não foi isso, Ele só quer o melhor, mas tem que perseverar, em qualquer coisa. Um emprego, um casamento, uma casa nova, um filho novo, uma mudança de casa, cidade. Se é o que a gente quer e não é algo absurdo, tipo, não adianta desejar ganhar na mega sena, isso não conta, kkk. Só que se deseja algo que é viável, que é possível, mas é difícil, persevera filha, persevera, que vai acontecer.
Agora na verdade vai ser uma vida nova. Amanhã começa outra fase da minha vida, vou continuar no detox, porque agora vou precisar dele mais do que nunca. Sem roupa, almocinho e jantarzinho por um bom tempo. Demos nosso apartamento de entrada e financiamos o restante, mas nossa intenção não é pagar eternamente. Vamos pagar as prestações, mas pretendemos quitá-lo em cinco anos no máximo. Vamos sempre dar um pouco a mais, a cada seis meses, conforme guardarmos dinheiro, vai abatendo e a prestação diminui até terminarmos de pagar o financiamento.
Agora é foco no importante, mas vai ser baba com açúcar perto do que passei nesses dois anos, foram dosi anos economizando sem ter nada, morando aqui no de 45. É o típico botar o pé sem ver o chão, só esperando o chão aparecer na hora que meu pé pisar. Agora teremos o chão e acredito que será mais fácil, pois terei muito com o que me ocupar no próximo ano. Vou sempre falando. Vamos ver se continuar os mimimis ou será plena felicidade.
A minha história quem escreve sou eu...
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